sexta-feira, 18 de junho de 2010

2.

Bem, hoje eu vou tentar colocar tudo que eu escrevi até agora. Desculpem os prováveis erros de digitação e concordância, ontem eu estava tom sono e nem revisei o texto. Hoje eu tentarei revisar os dois.

~x~


Foram alguns poucos minutos por uma trilha apertada e irregular, cheia de insetos e pouquíssima claridade, o que dificultava o percurso uma vez que se tornara difícil seguir a pequena em meio a tamanha escuridão. A trilha terminava numa pequena clareira úmida, cortada por um córrego singelo. O lugar tinha um ar pesado e sem vida, tudo lá tinha um aspecto pegajoso e inerte. Bem a beira do córrego, ajoelhada em sua margem estava Aya, com suas vestes azuis cheias de uma lama grossa e mal-cheirosa, abraçada num corpo febril e pálido. Aquilo podia ser dado como morto, se não fosse pela respiração falha e desesperada. Era um pequeno garoto que não parecia muito mais velho de Aya, apesar de um pouco mais alto. Tinha cabelos castanhos bem avermelhados, compridos, desgrenhados e tão sujos quanto o resto de seu corpo. Sua pele tinha um tom bronzeado natural bem leve. Pelo seu rosto escorria suor de forma excessiva e sabe-se la quanto tempo ele devia ter ficado sem comer, pois seu corpo era magro e fraco. Ele queimava em febre e Aya envolvia-lhe o corpo com o seu próprio, num forte abraço, cerrando seus olhos numa expressão de extremo desespero. Mayu, que era a mais velha, ainda segurava nas mãos de Lana e as apertava cada vez mais. Um arrepio frio corria pela espinha das irmãs. Aquele lugar era sombrio. Porém, mesmo com o medo e os calafrios, o tempo estava correndo e elas não podiam ficar ali paradas apenas observando, pois o menino, naquele estado, não iria durar muito.
" Lana, fique aqui com nossa irmã que eu vou buscar ajuda. Por favor, tente acalma-la. Eu prometo voltar o mais depressa que conseguir."
E saiu ligeira por entre as árvores, deixando-as junto do menino. Lana se aproximou dos dois e pois-se de joelhos naquela terra enlameada. Pousou suavemente uma das mãos sobre a cabeça da caçula. Ela por sua vez não largava o garoto, numa tentativa de esquenta-lo e talvez tira-lo daquele estado lastimável. E estranhamente aquilo parecia funcionar pois com o passar do tempo sua respiração começara a se normalizar e mesmo com a temperatura do corpo muito elevada, o suor também cessara. Foram momentos de tensão e silencio quase total, rompido apenas pela respiração dos três. O tempo se arrastava e a impressão era de que Mayu não voltava nunca. Quando já perdera a conta de quantos minutos haviam se passado ela finalmente voltou, com mais quatro pessoas, três homens e uma mulher, todos usando vestes brancas com detalhes em verde, compridas, de tecido fino e macio. A moça tinha, amarrado em sua cintura, uma pela bainha de prata cravejada com pequenos cristais azuis de diferentes nuances. Um dos homens foi bem perto de onde eles estavam e puxou a pequena Aya, tentando afasta-la do garoto e ela tentava se desvencilhar em vão de seus braços fortes. Ao seu tirada dali, para a surpresa de todos, o menino finalmente mudou sua expressão, de inerte para o mesmo desespero que existia no olhar da pequena. Seus lábios torcidos, num misto de dor e agonia, se entreabriam, emitindo um som quase inaudível, um sussurro.
"Nã...ão. Por favor."
Os olhos amarelados de Aya fitaram a face do garoto com uma dor tão grande que aquele que a segurava não teve coragem de lhe manter ali, tanto por ela quanto por ele, que voltara a suar e torcia a face de forma inquieta. Ao ter seu braço livre novamente, foi até ele, ajoelhou-se diante do mesmo, afastou-lhe delicadamente os cabelos e afagou seu rosto com as costas dos dedos. A mulher que viera com os outros rapazes também se aproximou e ao se acomodar junto aos dois, puxou o punhal de prata da bainha e o segurou com a mão direita firmemente, puxando a lâmina logo em seguida. O sangue que escorria possuia um tom levemente azulado, mais puxado para o roxo na verdade. Com ele, preencheu a bainha até aproximadamente a metade e completou o restante com a água do córrego. Misturou o liquido delicadamente, pegou um pouco com a ponta do indicador e passou em sua própria mão, no lugar com a lâmina havia rasgado. Em seguida, levou a bainha até os lábios do menino, despejando aquela mistura de cor lilás e aspecto bem líquido por sua boca semi-aberta. A falta de passagem o suficiente fazia o liquido escorrer um pouco por seu rosto sujo. Em alguns instantes, ele começou a se engasgar com aquilo, um bom sinal. A garota guardou o punhas na bainha e esta em sua cintura e, ainda abaixada, estendeu a mão para Aya, lhe lançando um sorriso terno.
"Venha, não precisa temer. Ele vai ficar bem agora, eu prometo. Agora vamos voltar para a cidade Princesinha. "

~x~

E mais uma vez o sono bate! Deixarei o resto para amanhã. :D
Até mais. :*

quinta-feira, 17 de junho de 2010

1.

Bem, colocarei o primeiro pedaço escrito de uma história que eu ando escrevendo. Não tem muita coisa escrita ainda, mas o desenrolar da história já está na minha cabeça.

E queria dedicar esse e todos os meus futuros posts a uma pessoa muito queria a quem eu devo minha eterna gratidão e carinho, por me fazer ver o mundo e a mim mesma com outros olhos.


~x~

Era uma tarde peculiarmente quente, algo muito incomum naquela terra gelada. o povo estranhava aquele belo sol que pendia no horizonte e cada habitante reagia de forma diferente, alguns contentes com a surpresa vinda dos céus, outros um pouco desapontados com o calor incomum que fazia. Mas o sol parecia atrair as crianças, como pássaros na primavera. Elas saiam aos montem, correndo pelas ruas e pelos arredores do vale onde a cidade se encontrava. Um pouco mais ao longe da civilização, dentro da mata fechada, duas meninas andavam juntas, de mãos bem atadas e olhos bem abertos e atentos, procurando algo em meio aquele labirinto verde. As duas tinham deviam ter idade entre 9 e 10 anos e uma semelhança muito grande; Cabelos bem claros e lisos, olhos acinzentados, com um tom que tendia para o azul. Até suas vestem eram parecidas, diferentes apenas na cor. A mais velha trajava uma veste branca com detalhes em seda vermelha de tom bem pastel, já as vestes da mais nova era de um lilás bem claro, com os detalhes em seda verde-água. A medida que andavam por entre a mata, iam acelerando o passo e olhando sempre em volta, exclamando em tom de nervosismo.
" Aya! Aya, onde você está!?"
Após uma longa e exaustiva caminhada, um barulho alto vindo de trás de um grupo de árvores fez com que elas parassem abruptamente. Elas se viraram na direção das árvores e ali pararam, com olhos e ouvidos bem atentos. O som aumentava gradativamente e o que quer fosse aquilo que fazia aquele estardalhaço, se aproximava. As duas, assustadas, tremiam como se um vento gelado lhes tivessem atravessado a espinha. Lentamente, com as mãos dadas e bem apertadas, deram alguns passos para trás, com o coração disparado. A coisa que vinha pela mata então acelerou e saiu sem aviso dentre as folhas. As meninas não conseguiram se conter e deixaram escapar um grito desesperado que logo se emudeceu quando viram a pequena criatura que surgiu da mata. A mais velha se aproximou com uma expressão enfurecida em seu rosto.
"Aya! Por onde você andou? Por acaso você tem noção de como nos deixou preocupadas?! Como é que você sai correndo assim, sem mais nem menos por dentro da mata? E sabe-se lá o que poderia ter acontecido. Venha, vamos embora daqui, papai deve estar preocupado conosco."
E envolveu os dedos no pequeno pulso da garotinha, que não devia ter mais do que 5 anos e, de rosto lembrava as duas outras, porém seus cabelos eram curtos e ainda mais claros, quase brancos, os olhos possuíam um tom amarelo muito vibrante e incomum que lembravam os de um felino. A pequenina não se mexeu ao ser puxada pela irmã mais velha e seus grandes olhos de criança fitavam os deve com um enorme desespero.
"Não! Vocês tem quer vir comigo. Ele vai morrer se não formos depressa."
Antes que pudessem falar qualquer coisa, Aya aproveitou o susto das duas para se soltar da mão que lhe prendia e se vira depressa, correndo de volta para o caminho de onde viera. Sem muito o que fazer naquela situação, as irmãs se viram obrigadas a segui-la mata a dentro.

~x~

Ainda tem uma parte que já está escrita, mas como está tarde e eu trabalho amanhã, só escreverei depois.

See ya.