~x~
Foram alguns poucos minutos por uma trilha apertada e irregular, cheia de insetos e pouquíssima claridade, o que dificultava o percurso uma vez que se tornara difícil seguir a pequena em meio a tamanha escuridão. A trilha terminava numa pequena clareira úmida, cortada por um córrego singelo. O lugar tinha um ar pesado e sem vida, tudo lá tinha um aspecto pegajoso e inerte. Bem a beira do córrego, ajoelhada em sua margem estava Aya, com suas vestes azuis cheias de uma lama grossa e mal-cheirosa, abraçada num corpo febril e pálido. Aquilo podia ser dado como morto, se não fosse pela respiração falha e desesperada. Era um pequeno garoto que não parecia muito mais velho de Aya, apesar de um pouco mais alto. Tinha cabelos castanhos bem avermelhados, compridos, desgrenhados e tão sujos quanto o resto de seu corpo. Sua pele tinha um tom bronzeado natural bem leve. Pelo seu rosto escorria suor de forma excessiva e sabe-se la quanto tempo ele devia ter ficado sem comer, pois seu corpo era magro e fraco. Ele queimava em febre e Aya envolvia-lhe o corpo com o seu próprio, num forte abraço, cerrando seus olhos numa expressão de extremo desespero. Mayu, que era a mais velha, ainda segurava nas mãos de Lana e as apertava cada vez mais. Um arrepio frio corria pela espinha das irmãs. Aquele lugar era sombrio. Porém, mesmo com o medo e os calafrios, o tempo estava correndo e elas não podiam ficar ali paradas apenas observando, pois o menino, naquele estado, não iria durar muito.
" Lana, fique aqui com nossa irmã que eu vou buscar ajuda. Por favor, tente acalma-la. Eu prometo voltar o mais depressa que conseguir."
E saiu ligeira por entre as árvores, deixando-as junto do menino. Lana se aproximou dos dois e pois-se de joelhos naquela terra enlameada. Pousou suavemente uma das mãos sobre a cabeça da caçula. Ela por sua vez não largava o garoto, numa tentativa de esquenta-lo e talvez tira-lo daquele estado lastimável. E estranhamente aquilo parecia funcionar pois com o passar do tempo sua respiração começara a se normalizar e mesmo com a temperatura do corpo muito elevada, o suor também cessara. Foram momentos de tensão e silencio quase total, rompido apenas pela respiração dos três. O tempo se arrastava e a impressão era de que Mayu não voltava nunca. Quando já perdera a conta de quantos minutos haviam se passado ela finalmente voltou, com mais quatro pessoas, três homens e uma mulher, todos usando vestes brancas com detalhes em verde, compridas, de tecido fino e macio. A moça tinha, amarrado em sua cintura, uma pela bainha de prata cravejada com pequenos cristais azuis de diferentes nuances. Um dos homens foi bem perto de onde eles estavam e puxou a pequena Aya, tentando afasta-la do garoto e ela tentava se desvencilhar em vão de seus braços fortes. Ao seu tirada dali, para a surpresa de todos, o menino finalmente mudou sua expressão, de inerte para o mesmo desespero que existia no olhar da pequena. Seus lábios torcidos, num misto de dor e agonia, se entreabriam, emitindo um som quase inaudível, um sussurro.
"Nã...ão. Por favor."
Os olhos amarelados de Aya fitaram a face do garoto com uma dor tão grande que aquele que a segurava não teve coragem de lhe manter ali, tanto por ela quanto por ele, que voltara a suar e torcia a face de forma inquieta. Ao ter seu braço livre novamente, foi até ele, ajoelhou-se diante do mesmo, afastou-lhe delicadamente os cabelos e afagou seu rosto com as costas dos dedos. A mulher que viera com os outros rapazes também se aproximou e ao se acomodar junto aos dois, puxou o punhal de prata da bainha e o segurou com a mão direita firmemente, puxando a lâmina logo em seguida. O sangue que escorria possuia um tom levemente azulado, mais puxado para o roxo na verdade. Com ele, preencheu a bainha até aproximadamente a metade e completou o restante com a água do córrego. Misturou o liquido delicadamente, pegou um pouco com a ponta do indicador e passou em sua própria mão, no lugar com a lâmina havia rasgado. Em seguida, levou a bainha até os lábios do menino, despejando aquela mistura de cor lilás e aspecto bem líquido por sua boca semi-aberta. A falta de passagem o suficiente fazia o liquido escorrer um pouco por seu rosto sujo. Em alguns instantes, ele começou a se engasgar com aquilo, um bom sinal. A garota guardou o punhas na bainha e esta em sua cintura e, ainda abaixada, estendeu a mão para Aya, lhe lançando um sorriso terno.
"Venha, não precisa temer. Ele vai ficar bem agora, eu prometo. Agora vamos voltar para a cidade Princesinha. "
" Lana, fique aqui com nossa irmã que eu vou buscar ajuda. Por favor, tente acalma-la. Eu prometo voltar o mais depressa que conseguir."
E saiu ligeira por entre as árvores, deixando-as junto do menino. Lana se aproximou dos dois e pois-se de joelhos naquela terra enlameada. Pousou suavemente uma das mãos sobre a cabeça da caçula. Ela por sua vez não largava o garoto, numa tentativa de esquenta-lo e talvez tira-lo daquele estado lastimável. E estranhamente aquilo parecia funcionar pois com o passar do tempo sua respiração começara a se normalizar e mesmo com a temperatura do corpo muito elevada, o suor também cessara. Foram momentos de tensão e silencio quase total, rompido apenas pela respiração dos três. O tempo se arrastava e a impressão era de que Mayu não voltava nunca. Quando já perdera a conta de quantos minutos haviam se passado ela finalmente voltou, com mais quatro pessoas, três homens e uma mulher, todos usando vestes brancas com detalhes em verde, compridas, de tecido fino e macio. A moça tinha, amarrado em sua cintura, uma pela bainha de prata cravejada com pequenos cristais azuis de diferentes nuances. Um dos homens foi bem perto de onde eles estavam e puxou a pequena Aya, tentando afasta-la do garoto e ela tentava se desvencilhar em vão de seus braços fortes. Ao seu tirada dali, para a surpresa de todos, o menino finalmente mudou sua expressão, de inerte para o mesmo desespero que existia no olhar da pequena. Seus lábios torcidos, num misto de dor e agonia, se entreabriam, emitindo um som quase inaudível, um sussurro.
"Nã...ão. Por favor."
Os olhos amarelados de Aya fitaram a face do garoto com uma dor tão grande que aquele que a segurava não teve coragem de lhe manter ali, tanto por ela quanto por ele, que voltara a suar e torcia a face de forma inquieta. Ao ter seu braço livre novamente, foi até ele, ajoelhou-se diante do mesmo, afastou-lhe delicadamente os cabelos e afagou seu rosto com as costas dos dedos. A mulher que viera com os outros rapazes também se aproximou e ao se acomodar junto aos dois, puxou o punhal de prata da bainha e o segurou com a mão direita firmemente, puxando a lâmina logo em seguida. O sangue que escorria possuia um tom levemente azulado, mais puxado para o roxo na verdade. Com ele, preencheu a bainha até aproximadamente a metade e completou o restante com a água do córrego. Misturou o liquido delicadamente, pegou um pouco com a ponta do indicador e passou em sua própria mão, no lugar com a lâmina havia rasgado. Em seguida, levou a bainha até os lábios do menino, despejando aquela mistura de cor lilás e aspecto bem líquido por sua boca semi-aberta. A falta de passagem o suficiente fazia o liquido escorrer um pouco por seu rosto sujo. Em alguns instantes, ele começou a se engasgar com aquilo, um bom sinal. A garota guardou o punhas na bainha e esta em sua cintura e, ainda abaixada, estendeu a mão para Aya, lhe lançando um sorriso terno.
"Venha, não precisa temer. Ele vai ficar bem agora, eu prometo. Agora vamos voltar para a cidade Princesinha. "
~x~
E mais uma vez o sono bate! Deixarei o resto para amanhã. :D
Até mais. :*
Até mais. :*